Insulina em cápsula está prestes a entrar no mercado.
O laboratório israelense Oramed Pharmaceuticals está prestes a colocar no mercado uma cápsula de insulina para tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. A empresa começará a fazer ensaios clínicos em cerca de 150 pessoas em uma dúzia de centros médicos nos Estados Unidos.
De acordo com Nadav Kidron, CEO da Oramed, o produto poderá revolucionar o tratamento da diabetes, que já atinge mais de 370 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria do tipo 2.
O método atual de aplicação de insulina por auto-injeção é desagradável e também traz riscos de infecção. Uma cápsula seria mais conveniente, mas até agora ninguém havia encontrado uma maneira eficiente de fabricá-la.
FDA aprova três novos tratamentos para o diabetes tipo 2.
O Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou três novos produtos para serem usados, juntamente com dieta e exercícios, para melhorar o controle de açúcar no sangue em adultos com diabetes tipo 2: Nesina (alogliptina) comprimidos, Kazano (alogliptina e cloridrato de metformina) comprimidos e Oseni (alogliptina e pioglitazona) comprimidos.
A alogliptina é um novo ingrediente ativo, inibidor da DPP4, enquanto o cloridrato de metformina e a pioglitazona já estão aprovados pelo FDA para o tratamento do diabetes tipo 2. Forma mais comum da doença, o diabetes tipo 2 afeta cerca de 24 milhões de pessoas e é responsável por mais de 90% dos casos de diabetes diagnosticados nos Estados Unidos.
Pessoas com diabetes tipo 2 são resistentes à insulina ou não produzem insulina suficiente, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue. Com o tempo, isto pode aumentar o risco de complicações graves, incluindo doenças cardíacas, cegueira e danos aos rins e nervos.
A alogliptina ajuda a estimular a liberação de insulina depois de uma refeição, o que leva a um melhor controle da glicemia. Nesina, Kazano e Oseni foram estudados como monoterapias e em combinação com outras terapias contra o diabetes do tipo 2, incluindo sulfonilureias e insulina. Eles não devem ser usados para tratar pessoas com diabetes do tipo 1 ou aqueles que têm cetonas aumentadas no sangue ou na urina (cetoacidose diabética).
Nesina demonstrou ser segura e eficaz em 14 ensaios clínicos envolvendo cerca de 8.500 pacientes com diabetes tipo 2. O tratamento com este novo medicamento resultou em reduções nos níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c), uma medida de controle de açúcar no sangue, de 0,4 por cento para 0,6 por cento em comparação com o placebo, após 26 semanas de uso
Pâncreas artificial supera bomba de insulina no controle do diabetes.
Pesquisadores do Institut de Recherches Cliniques de Montréal, no Canadá, demonstraram que o pâncreas artificial pode superar o tratamento convencional do diabetes com a bomba de insulina.
Testes comparando os dois métodos mostraram que o pâncreas artificial provocou melhorias nos níveis de glicose e redução nos riscos de hipoglicemia.
Os resultados, publicados no Canadian Medical Association Journal (CMAJ), pode ter um impacto importante sobre o tratamento do diabetes tipo 1, acelerando o desenvolvimento do pâncreas artificial externo.
O pâncreas artificial é um sistema automatizado que simula o pâncreas normal adaptando continuamente a administração de insulina com base nas mudanças nos níveis de glucose. O pâncreas artificial de duplo hormônio testado no estudo controla os níveis de glicose entregando automaticamente insulina e glucagon, se necessário, com base nas leituras de monitoramento contínuo da glicose (CGM).
"Nós descobrimos que o pâncreas artificial melhorou o controle da glicose em 15%, e reduziu significativamente o risco de hipoglicemia quando comparado com a terapia convencional de bomba de insulina. O pâncreas artificial também resultou em uma redução de 8 vezes no risco de hipoglicemia, e uma redução de 20 vezes no risco de hipoglicemia noturna", explica o autor do estudo Ahmad Haidar.
Pessoas que vivem com diabetes tipo 1 devem gerir cuidadosamente seus níveis de glicose no sangue para garantir que eles permanecem dentro de uma faixa. O controle da glicose no sangue é a chave para evitar graves complicações a longo prazo relacionadas com níveis elevados de glicose (tais como a cegueira ou a insuficiência renal) e reduz o risco de hipoglicemia.
"Cerca de dois terços dos pacientes não conseguem manter a faixa segura de glicose com os tratamentos atuais. O pâncreas artificial poderia ajudá-los a alcançar essas metas e reduzir o risco de hipoglicemia, que é temido pela maioria dos pacientes e continua sendo o efeito adverso mais comum da terapia com insulina. Na verdade, hipoglicemia noturna é a principal barreira para alcançar metas glicêmicas", afirma o pesquisador Rémi Rabasa-Lhoret.
"Nosso trabalho é emocionante porque o pâncreas artificial tem o potencial de melhorar substancialmente a gestão do diabetes e reduzir as frustrações diárias para os pacientes. Estamos buscando novos ensaios clínicos para testar o sistema por períodos mais longos e em diferentes faixas etárias. Ele será, então, introduzido gradualmente na prática clínica, utilizando apenas insulina, com as primeiras gerações focando no controle de glicose durante a noite", conclui Rabasa-Lhoret.
Fonte: Midia News. "Pâncreas artificial supera bomba de insulina no controle do diabetes".https://bit.ly/WvF0iu